Os números apontam um cenário de risco: 50%* dos softwares instalados no Brasil são piratas, segundo Levantamento da BSA | The Software Alliance. A associação, que une empresas de software e inovação de todo o mundo, também revela que existe uma taxa de 31% de equipamentos contaminados com malwares no Brasil. “Quanto maior o índice de software sem licença em um país, maior é a quantidade de malware encontrado em seus computadores”, explica Rodger Correa, diretor de programas de compliance da BSA.

De acordo com Correa, a eliminação do software sem licença pode ajudar a reduzir o risco de incidentes de segurança digital para governos, empresas e usuários finais. “As infecções de malware podem causar um dano significativo e as organizações estão se esforçando como podem para se proteger”, conta o executivo.

Para ele, os ativos de software devem ser entendidos pelos gestores como algo estratégico, um fator que pode contribuir para aumentar a produtividade da empresa, se gerenciado corretamente. “A administração de ativos de software é uma ferramenta efetiva para reduzir os riscos de ataques digitais e uma forma de instituir práticas de segurança em empresas e escritórios”, explica.

O percentual da pirataria no Brasil significa ainda que US$ 2,8 bilhões em licenças não foram pagos no país.O índice brasileiro de uso de softwares sem licença, embora significativo, é o menor da América Latina. A Venezuela lidera o ranking regional, com 88% de softwares piratas instalados. Globalmente, o país só perde para a Moldávia e Georgia, ambas disputando o primeiro lugar do ranking, com 90% dos softwares instalados sem licença. Os Estados Unidos é o país com o menor índice, de 18%, e com 13% de detecção de malwares.

*Dados do BSA Global Software Survey, junho de 2014